Pobre Louco na Berlinda: Influenciador é impedido de atuar como personal e vira alvo em investigação sobre falsificação de anabolizantes
Proibido de atuar em academia por falta de registro profissional, Pobre Louco agora enfrenta nova polêmica: investigação aponta possível envolvimento com esquema clandestino de anabolizantes em Campo Grande. Escândalos abalam imagem do influencer nas rede

O influenciador Renato dos Santos Lopes conhecido como "Pobre Louco", figura popular nas redes sociais por seu conteúdo irreverente e polêmico, enfrenta duas crises públicas graves que colocam em risco sua imagem, sua liberdade e sua presença em academias e ambientes esportivos.
Nos últimos dias, ele foi impedido de atuar como personal trainer em uma academia de Campo Grande por não possuir registro no CREF (Conselho Regional de Educação Física) — o que é obrigatório por lei. E, agora, é citado em uma investigação da Polícia Civil sobre a venda e falsificação de anabolizantes na capital, com indícios de proximidade com suspeitos de operar o esquema.
🚫 Impedido de dar aula: fiscalização flagra exercício ilegal da profissão
O primeiro episódio aconteceu quando fiscais do CREF11 (Conselho Regional de Educação Física da 11ª Região), em conjunto com a Vigilância Sanitária, realizaram uma ação de rotina em academias da capital. Em uma das unidades vistoriadas, encontraram Pobre Louco orientando alunos e passando treinos, mesmo sem possuir a formação exigida por lei.
A academia foi autuada e o influenciador foi notificado. O CREF informou que ele não pode mais realizar qualquer atividade ligada à prescrição de exercícios físicos sem o devido registro. O caso será encaminhado ao Ministério Público e ele poderá responder por exercício ilegal da profissão, conforme previsto no Código Penal Brasileiro (Art. 47).
> “Não se trata de perseguição. Trata-se de zelar pela saúde da população. Exercício físico mal orientado pode levar à morte”, afirmou o presidente do CREF11, professor Carlos Henrique Vieira.
💉 Nova bomba: falsificação e comércio clandestino de anabolizantes
A situação se agravou ainda mais nesta semana, quando Pobre Louco teve seu nome citado em uma investigação sigilosa da Polícia Civil, que apura um esquema de falsificação e comercialização ilegal de anabolizantes em Campo Grande.
A investigação começou após a apreensão de uma grande quantidade de produtos ilegais, sem registro da Anvisa, vendidos em academias da cidade e também pelas redes sociais. De acordo com fontes ligadas ao inquérito, o nome de Pobre Louco apareceu em conversas interceptadas e vídeos nas redes sociais mostrando ele divulgando produtos suspeitos, supostamente "naturais", mas com formulação semelhante a anabolizantes.
A polícia trabalha para apurar se o influenciador apenas promovia os produtos sem saber da origem ilegal ou se estava envolvido diretamente no esquema de distribuição. Um dos investigados é conhecido do influenciador, o que levantou ainda mais suspeitas.
Fontes internas da polícia afirmam que Pobre Louco poderá ser intimado a depor nos próximos dias e que a investigação pode resultar em denúncias por associação criminosa, venda de medicamentos falsificados e crime contra a saúde pública — crimes que somados podem ultrapassar 10 anos de reclusão.
📉 Perda de contratos e impacto na imagem
O desdobramento desses casos já começa a atingir a base comercial do influenciador. Marcas regionais de suplementos, moda fitness e eventos esportivos estão suspendendo parcerias, preocupadas com o desgaste de imagem e as possíveis implicações legais.
Além disso, academias que antes o recebiam de portas abertas agora impõem restrições ou recusam a entrada do influenciador, sob alegação de que não querem associar sua imagem a atividades irregulares ou sob investigação.
> “Era questão de tempo até explodir alguma coisa. Ele é carismático, mas ultrapassou todos os limites. Não se forma autoridade no grito nem no improviso”, disse um profissional da área fitness que pediu anonimato.
🎥 Reação nas redes: silêncio estratégico e indiretas
Nas redes sociais, o influenciador não comentou diretamente nenhum dos dois casos. Tem evitado lives, optando por publicar apenas vídeos antigos, frases motivacionais e indiretas.
Em uma das postagens mais recentes, escreveu:
> “Quem vive de inveja, morre na frustração. Eu sigo firme com Deus, e o resto é resto.”
A ausência de pronunciamento oficial vem sendo interpretada por alguns seguidores como culpa ou receio, enquanto outros continuam defendendo o influencer, alegando que tudo não passa de "armação do sistema".
🧨 Caminho sem volta?
A verdade é que Pobre Louco vive seu momento mais crítico desde que estourou nas redes. O somatório de ilegalidade na atuação profissional, suspeita de envolvimento com falsificação de anabolizantes e a quebra de confiança com empresas e academias pode ser o ponto de ruptura de sua carreira digital.
Especialistas ouvidos pela nossa reportagem foram unânimes: a influência digital não é um escudo para crimes ou condutas imprudentes. “Quem fala para multidões precisa ter responsabilidade triplicada. Se comprovado o envolvimento com crime, o cancelamento será o menor dos problemas”, conclui a advogada criminalista Tatiane Almeida.
Sem conclusão final, aguardando os desdobramentos judiciais e policiais.
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