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Campo Grande,08/09/2025

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Julgamento de Bolsonaro expõe crise de confiança no STF e perseguição política disfarçada de justiça

Narrativa esta que vem sendo duramente questionada pela defesa e por analistas independentes

Redação Diego Cordeiro
Julgamento de Bolsonaro expõe crise de confiança no STF e perseguição política disfarçada de justiça Julgamento de Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal iniciou nesta semana o julgamento histórico do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete aliados, acusados de tentar articular um golpe de Estado após as eleições de 2022. A acusação, sustentada pela Procuradoria-Geral da República e endossada pelo ministro-relator Alexandre de Moraes, apresenta uma narrativa que pinta Bolsonaro como “orquestrador” de um suposto plano golpista — narrativa esta que vem sendo duramente questionada pela defesa e por analistas independentes.

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Entre as alegações, o ex-presidente teria cogitado decretar estado de emergência, redigir documentos para intervir no Tribunal Superior Eleitoral e até mesmo tramar contra a vida de Lula e ministros do STF. O tom da denúncia é pesado, mas até agora não foram apresentadas provas materiais diretas de que Bolsonaro tenha dado ordens efetivas ou colocado em prática ações que configurassem golpe.


A defesa, comandada pelo advogado Celso Vilardi, sustenta que Bolsonaro apenas “considerou hipóteses” em conversas internas, mas jamais executou ou ordenou medidas inconstitucionais. O ponto mais destacado é que a transição de poder ocorreu normalmente, sem ruptura institucional — fato que enfraquece a tese de golpe.


O processo está cercado de tensões políticas. Líderes da direita denunciam um julgamento de exceção, feito sob a batuta de ministros que já se declararam inimigos políticos do ex-presidente. O papel de Alexandre de Moraes, que concentra investigações, denúncias e agora o julgamento, é visto como símbolo de abuso de poder e falta de imparcialidade.


A acusação pede penas que, somadas, podem ultrapassar 40 anos de prisão, algo sem precedentes para um ex-presidente brasileiro. Críticos lembram que o mesmo STF que absolveu petistas envolvidos no maior esquema de corrupção da história agora mobiliza toda a sua força para condenar o principal líder da oposição conservadora.


O julgamento não é apenas sobre Bolsonaro: é um divisor de águas para a democracia brasileira. Se condenado sem provas robustas, ficará a marca de que a justiça virou instrumento de perseguição política, corroendo ainda mais a confiança nas instituições.


Nas ruas, militantes e apoiadores acompanham atentos. Para uns, Bolsonaro deve ser responsabilizado exemplarmente. Para outros, trata-se de uma tentativa desesperada de calar um líder popular que ainda mobiliza milhões de brasileiros.


O veredicto está previsto para os próximos dias, e o que o STF decidir poderá ecoar por décadas, definindo não apenas o destino de Jair Bolsonaro, mas também os limites da liberdade política e do equilíbrio de poderes no Brasil.




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