Tragédia silenciosa: 80 jovens tiraram a própria vida em MS só em 2025
Dados do Setembro Amarelo expõem falha estrutural no atendimento em saúde mental; escolas e universidades tentam preencher vazio deixado pelo Estado

O Setembro Amarelo, campanha dedicada à prevenção ao suicídio, escancarou um número alarmante: de janeiro até 8 de setembro de 2025, 80 adolescentes e jovens morreram por suicídio em Mato Grosso do Sul. Só em Campo Grande, o drama atinge famílias de todas as classes sociais, revelando um grave colapso no atendimento em saúde mental.
Apesar de leis estaduais que criaram a “Semana de Prevenção e Combate à Violência Autoprovocada” e programas como “Setembro Amarelo vai à Escola”, os resultados ainda não refletem redução efetiva dos casos.
A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e o Tribunal de Justiça têm buscado preencher o vazio com grupos de acolhimento e campanhas de conscientização, mas a carência de psiquiatras, psicólogos e políticas de apoio contínuo é apontada como a raiz do problema.
O drama crescente mostra que o suicídio juvenil deixou de ser exceção e se tornou uma epidemia silenciosa, exigindo do poder público ações permanentes, e não apenas campanhas sazonais.
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