Ronda Segura: Comércio pressionou e Prefeitura reage com novo modelo de policiamento
Programa de vigilância foca no Centro de Campo Grande, mas dependerá de efetivo real da Guarda Municipal

A Prefeitura publicou no Diário Oficial desta sexta (5/9) a criação do programa Ronda Segura, voltado para intensificar a presença da Guarda Civil Metropolitana (GCM) no Centro da capital. O foco declarado é reduzir furtos, roubos e assaltos a comerciantes e consumidores, que aumentaram 17% nos últimos 12 meses segundo a própria Sesdes (Secretaria de Segurança e Defesa Social).
A medida surge após forte pressão de entidades empresariais, como a Associação Comercial de Campo Grande, que vinha cobrando maior segurança em horário comercial. A novidade será um Cadastro Municipal de Empresários, que permitirá mapear horários e locais de maior risco, ajudando a planejar o policiamento.
No entanto, o programa já enfrenta questionamentos. A GCM possui apenas 1.200 agentes ativos, número insuficiente para cobrir toda a cidade. Para garantir rondas permanentes no Centro, outras áreas poderão ficar descobertas. Além disso, não há previsão de reforço no orçamento para compra de viaturas, equipamentos e pagamento de horas extras.
Comércio e consumidores aguardam resultados, mas o risco é que o Ronda Segura se torne apenas uma operação de efeito midiático, sem continuidade prática.
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